O governo do Rio Grande do Sul realizou nesta sexta-feira, 29 de agosto, o pagamento do sétimo lote de recursos do Programa Volta por Cima. Este benefício é destinado a famílias que foram afetadas pelas chuvas intensas e enchentes ocorridas entre 14 e 20 de junho de 2025. O montante total do lote é de R$ 454 mil, que será distribuído para 227 famílias em onze municípios do estado.
Com essa nova liberação, o total de recursos disponibilizados nesta edição do programa chega a mais de R$ 5,8 milhões. Cada família que foi desabrigada ou desalojada receberá R$ 2 mil, seguindo critérios específicos estabelecidos pelo governo. Para se qualificar, as famílias precisam ter sido impactadas pelas chuvas mencionadas, residir em localidades que tiveram decretos de emergência aprovados, serem identificadas como moradores de áreas afetadas e estarem registradas no Cadastro Único (CadÚnico) como pobres ou extremamente pobres, com atualização nos últimos doze meses.
Os cidadãos que foram contemplados podem verificar a situação do benefício usando seu CPF no site do Volta por Cima. Vale destacar que o mapeamento das áreas afetadas está sendo constantemente atualizado, o que significa que famílias que atendam aos requisitos do programa e residam na mesma localidade podem receber o auxílio em diferentes lotes.
No dia 25 de agosto, o governo também iniciou o cadastramento de famílias que não foram identificadas no mapeamento oficial e que atendem aos critérios do decreto. Essa etapa é regulamentada pela Instrução Normativa 05/2025, emitida pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
Além dos R$ 5,3 milhões já disponibilizados até agora, o governo anunciou um novo aporte de mais R$ 3,3 milhões. A gestão dos recursos do Volta por Cima é responsabilidade da Sedes, com o apoio das Secretarias de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Fazenda (Sefaz) e do Banrisul.
O Programa Volta por Cima faz parte do Plano Rio Grande, uma iniciativa do governo estadual para proteger a população, reconstruir o estado e promover sua resiliência diante de futuros desafios.
Quanto ao mapeamento das áreas afetadas, ele é feito por meio de uma tecnologia que utiliza satélites capazes de captar imagens mesmo em condições adversas como chuva e escuridão. Essa tarefa é coordenada pelo Departamento de Economia e Estatística da SPGG, que faz o cruzamento de dados para identificar automaticamente as famílias desalojadas ou desabrigadas.
As informações para o cadastramento das novas famílias serão dadas pela Sedes aos gestores municipais, que terão um prazo de dez dias úteis para inscrever as pessoas no formulário do programa. Importante frisar que apenas as equipes municipais têm acesso ao sistema; cidadãos não podem se cadastrar diretamente.
O benefício será creditado no Cartão Cidadão da pessoa responsável por cada núcleo familiar. A partir da data de hoje, as famílias beneficiárias que já possuem o Cartão podem utilizar os valores. Aqueles que não têm o cartão recebido terão um emitido automaticamente, podendo retirá-lo em uma agência do Banrisul de sua cidade a partir do dia 15 de setembro. O prazo para retirar os cartões vai até 30 de novembro de 2025, após o qual os valores não resgatados voltarão ao governo.
Se um beneficiário perder o Cartão Cidadão, ele deve entrar em contato com o serviço de atendimento telefônico para solicitar uma segunda via.
Todas as informações sobre os repasses são disponibilizadas no Portal da Transparência do Estado, onde também é possível fazer denúncias por meio da Central do Cidadão.
O Programa Volta por Cima é regido pela Lei 15.977/2023, que permite a concessão de auxílios em situações de emergência ou calamidade pública. Desde sua criação, o programa já ajudou milhares de famílias em situações de vulnerabilidade social e teve um papel fundamental após eventos climáticos extremos.
Nesta edição do programa, estão entre os municípios beneficiados Alvorada, Arambaré, Charqueadas, Cruzeiro do Sul, Espumoso, Formigueiro, Parobé, São Sepé, Taquara, Taquari e Vera Cruz.
