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24 de agosto: superstições de São Bartolomeu e Dia do Diabo

O dia 24 de agosto é uma data cheia de significados em várias culturas. Muitas tradições associam esse dia a superstições, azar e até desastres históricos. Vamos entender por que o 24 de agosto é visto como um dia tão negativo, ligando-o a São Bartolomeu e as crenças sobre o “Dia do Diabo”.

São Bartolomeu e o 24 de agosto

Esse dia homenageia São Bartolomeu, um dos apóstolos de Jesus. A tradição diz que ele foi martirizado de forma cruel, esfolado vivo por não renunciar à sua fé. Essa história trouxe uma mistura de respeito e dor ao dia. Algumas pessoas vêem essa data como um momento de reflexão sobre sacrifício, enquanto outras a enxergam de forma mais sombria, ligando-a a forças malignas.

Uma lenda conta que São Bartolomeu foi chamado para exorcizar uma pessoa possuída por um espírito maligno. Ele enfrentou a entidade com fé e conseguiu expulsá-la. Em vez de deixar o demônio ir embora, Bartolomeu decidiu aprisioná-lo.

Um acordo com o demoníaco

Depois de dominar o demônio, Bartolomeu fez um pacto: o demônio seria libertado uma vez por ano, no 24 de agosto. Assim, essa data se tornou a única em que o demônio anda livre, aproveitando para causar desordem e destruição. A espiritualista Mônica Buonfiglio diz que, nesse dia, o demônio mostra sinais de sua “liberdade” com ventos fortes, roubos e doenças.

Na Europa, principalmente, é comum ver São Bartolomeu representado com um cachorro na corrente. Esse cachorro simbolizaria Satanás, que ele capturou.

O dia do diabo: superstições e presságios

O 24 de agosto é conhecido em algumas culturas como o “Dia do Diabo”. Em tradições, especialmente na Espanha, esse dia é visto como um período em que as forças do mal estão mais ativas. Muitas pessoas evitam tomar decisões importantes ou sair de casa, acreditando que a data atrai azar.

No folclore, o 24 de agosto é associado a eventos desastrosos. Nas zonas rurais, acredita-se que o diabo está solto, e feitiços, mau-olhado e maldições têm mais poder nesse dia. Algumas lendas antigas sugerem que o diabo escolheu essa data para marcar sua presença na Terra.

24 de agosto na história: desastres e catástrofes

A fama do 24 de agosto como um dia de azar é reforçada por eventos históricos. Vários desastres aconteceram nesse dia ao longo dos anos. Um exemplo famoso é o Massacre da Noite de São Bartolomeu, em 1572, na França, onde muitos protestantes foram mortos em Paris e outras cidades. Esse evento teve um grande impacto na história do país.

Outro acontecimento marcante foi a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano. Embora a data exata seja debatida, muitos lembram desse desastre em 24 de agosto, aumentando a ideia de que essa data traz má sorte.

No Brasil, o dia 24 de agosto de 1954 ficou marcado pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas. Isso deu início a um período de crise. Além disso, em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à presidência. Mônica Buonfiglio aponta que quem acredita em superstições pode ver o dia 24 como influenciado por energias negativas.

O estigma de agosto, o mês do desgosto

Mesmo hoje, algumas superstições sobre agosto ainda afetam muitas pessoas. No Brasil, o mês é popularmente chamado de “mês do desgosto” ou “mês do cachorro louco”. Isso se deve à crença de que é um período de azar e problemas.

A expressão “mês do cachorro louco” vem da ideia de que, durante agosto, os cães ficam mais agressivos devido à competição por reprodução, aumentando o risco de raiva. Essa crença faz muitas pessoas evitarem decisões importantes nesse mês.

Além disso, agosto também é lembrado por tragédias significativas. A Primeira Guerra Mundial começou em 1º de agosto, e as bombas atômicas foram lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945. Esses eventos tristes reforçam a reputação do mês como sombrio e desafiador.

Mônica Buonfiglio diz que, segundo as tradições afro-brasileiras, agosto não é um mês ruim. Ela menciona a regência de Obaluaiê e Omulu, que poderiam trazer limpeza e proteção contra epidemias.

Reflexão e casualidade

A sensação estranha que muitas pessoas têm em agosto pode vir do fato de que várias resoluções e planos do início do ano ainda não foram realizados. Então, esse mês marca o tempo passando e a chegada do segundo semestre. É comum dessa pressão deixar as pessoas um pouco nervosas.

Não precisamos ter tanto medo nessa época. Mônica propõe que, em áreas como saúde, devemos manter a calma. Muitas pessoas desmarcam compromissos ou cirurgias por causa do medo, mas ela sugere, na verdade, que é um bom momento para realizar esses procedimentos, pois haveria proteção.

Concluindo, tanto o dia 24 quanto o mês de agosto, carregados de lendas e tradições, podem ser vistos de formas diferentes. Que esse período traga paz e segurança para todos!

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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