Coleta de DNA visa ampliar identificação de desaparecidos no Acre

Teve início nesta terça-feira, dia 5 de setembro, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Essa ação vai até o dia 15 de agosto e tem como principal objetivo aumentar os bancos de perfis genéticos, auxiliando na localização de pessoas desaparecidas em todo o Brasil.
No estado do Acre, a coleta de material genético ocorrerá no Instituto de Análises Forenses, localizado na capital, Rio Branco. Os familiares de pessoas desaparecidas podem participar do processo ao fornecer amostras de saliva, sendo necessário apresentar o boletim de ocorrência que registra o desaparecimento. Essa medida visa facilitar a identificação de indivíduos que estão sumidos e proporcionar um atendimento mais efetivo às famílias que enfrentam essa situação.
Além disso, a campanha inclui uma força-tarefa para acelerar a análise de perfis genéticos que estão pendentes de processamento. Essa operação é organizada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, com o apoio de laboratórios forenses, delegacias especializadas e outras instituições estaduais. O objetivo é otimizar o tempo de resposta para as famílias que aguardam informações sobre seus entes queridos.
Uma segunda fase da campanha está prevista, a qual se concentrará na coleta de impressões digitais e de material genético de pessoas vivas que não possuem identificação. Estas pessoas frequentemente estão acolhidas em instituições de saúde e assistência social. Também será realizada a análise de dados biométricos de corpos que ainda não foram identificados, contribuindo para a resolução de casos de desaparecimento.
As informações coletadas serão integradas à Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, com a finalidade de melhorar a eficácia das buscas por pessoas desaparecidas e fortalecer as ações das autoridades de segurança pública.
De acordo com Mário Sandro Martins, diretor do Departamento da Polícia Técnico-Científica do Acre, o material genético fornecido pelas famílias é uma ferramenta essencial na busca por desaparecidos. Ele enfatizou que cada amostra coletada pode trazer novas esperanças e caminhos para localizar alguém que está desaparecido. O compromisso da equipe é oferecer suporte técnico e humano para que as respostas cheguem o mais rápido possível às famílias que se encontram nessa situação delicada.