Diretor da PF classifica de covarde ameaça de Eduardo Bolsonaro

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, rebateu as declarações do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que atacou a instituição durante uma transmissão ao vivo no último domingo (20). Rodrigues descreveu as afirmações do parlamentar como uma “covarde tentativa de intimidação”.

Durante a live, Eduardo Bolsonaro ameaçou um agente da PF que estava acompanhando a transmissão, afirmando: “Você é medíocre com a caneta na mão. Aproveita aí e coloca isso no inquérito. Não deixa eu saber quem é você. Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui.” Ele também se referiu ao agente como “cachorrinho”. Além disso, mencionou diretamente o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Andrei Rodrigues afirmou que as ameaças de Eduardo serão consideradas nas investigações, nas quais o deputado é investigado por obstrução de justiça, coação no curso do processo e tentativa de subverter a ordem democrática. “Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”, declarou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) está apurando a suposta tentativa de Eduardo de influenciar processos jurídicos relacionados ao pai, que está enfrentando sérias acusões. O deputado reside nos Estados Unidos desde fevereiro, onde defende seu pai, alegando perseguições políticas no país. Desde então, ele tem buscado formar alianças políticas para ajudá-lo.

Em um outro momento da live, Eduardo Bolsonaro afirmou estar em uma “guerra”, referindo-se às investigações que o envolvem, dizendo: “O couro é duro, a guerra não acabou, vai vir mais sacrifício aí pela frente. Estou disposto a ir até às últimas consequências.” Rodrigues, por sua vez, garantiu que a PF tomará as “providências legais” necessárias em resposta ao que considera intimidação.