A tesoura do governo que vai baratear 13 carros populares

Se o sonho do carro 0km parecia um pesadelo distante por causa dos preços absurdos, prepare-se para acordar. O governo federal está com a caneta na mão, prestes a assinar um decreto que vai passar a tesoura no imposto dos carros mais populares do Brasil. É a volta do “carro popular”, uma medida que promete forçar uma queda nos preços e dar um alívio gigantesco no bolso do consumidor.
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O novo programa, batizado de “Carro Sustentável”, vai zerar ou reduzir drasticamente o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para um grupo seleto de veículos.
Contudo, a notícia não é boa para todo mundo. Carros com motor turbo, importados e os mais poluentes não só ficaram de fora da festa, como podem ficar ainda mais caros para compensar o benefício dos mais baratos.
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A expectativa é que o decreto seja assinado ainda nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas quais são os carros que entraram na “lista de ouro” do desconto? E como o governo planeja essa mágica sem perder arrecadação? Desvendamos os detalhes para você.
A lei da tesoura: as regras para o carro ficar mais barato
O novo “IPI Verde” não é um presente para a indústria, mas um incentivo para os carros mais eficientes e acessíveis. Para ter o imposto reduzido, o veículo precisa, obrigatoriamente, seguir quatro mandamentos:
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- Ser fabricado no Brasil.
- Ter motor 1.0 flex aspirado (os turbinados estão fora).
- Possuir potência abaixo de 90 cavalos.
- Atender a critérios de eficiência energética e reciclabilidade.
Essas regras miram diretamente no coração do mercado: os carros de entrada, que hoje pagam uma alíquota de 7% de IPI.
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A lista de ouro: os 13 carros que vão baixar de preço
Com base nas regras do programa, 13 modelos em suas versões de entrada estão na fila para receber o desconto do governo. Se você está de olho em algum deles, a hora de comprar pode estar chegando.
- Chevrolet Onix
- Chevrolet Onix Plus (sedã)
- Citroën C3
- Citroën Basalt (o novo SUV cupê)
- Fiat Argo
- Fiat Cronos (sedã)
- Fiat Mobi
- Hyundai HB20
- Hyundai HB20S (sedã)
- Peugeot 208
- Renault Kwid
- Volkswagen Polo (versões Track e Robust)
- Volkswagen Virtus (versão 1.0 MPI, substituindo o antigo “Tera” em algumas listas)
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O pulo do gato: quem vai pagar a conta desse desconto?
A parte mais genial — e polêmica — do plano é que ele não deve custar nada aos cofres públicos. Como? Com uma espécie de “taxação Robin Hood”. Enquanto os carros mais eficientes e baratos terão o imposto reduzido, os veículos mais poluentes e mais caros terão seus tributos aumentados.
Na prática, o governo vai tirar de quem polui mais para dar o desconto a quem polui menos. Isso não apenas torna o carro popular mais acessível, mas também cria um incentivo poderoso para que as montadoras invistam em tecnologias mais limpas e eficientes.
A guerra de preços está prestes a começar, e quem ganha é o consumidor que busca um carro econômico e mais amigo do meio ambiente.
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