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Golpe da mão fantasma no seu celular pode estar ativo neste momento

Imagine a cena: seu celular, que está na sua mão, começa a se mexer sozinho. Aplicativos abrem, telas mudam, e você assiste, paralisado e em pânico, enquanto uma força invisível invade sua conta bancária e transfere todo o seu dinheiro. Isso não é um filme de terror. É o “Golpe da Mão Fantasma”, a nova e mais aterrorizante fraude digital que está limpando a conta de milhares de brasileiros.

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O golpe é uma obra-prima da engenharia social, um teatro de pânico tão bem executado que qualquer pessoa, especialmente os mais velhos, pode se tornar uma vítima.

Os criminosos não precisam da sua senha. Eles não precisam que você clique em um link estranho. Eles só precisam de uma coisa: do seu medo.

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já emitiu um alerta máximo. A “mão fantasma” é real, e ela é capaz de te levar à ruína financeira em questão de minutos.

Mas como esse golpe funciona? E como se proteger dessa ameaça invisível que pode estar a apenas uma ligação de distância?

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O teatro do pânico: o passo a passo do crime

Tudo começa com uma ligação telefônica. Do outro lado da linha, uma pessoa com voz calma e profissional se apresenta como funcionário do seu banco. E então, o teatro começa.

  1. O Alarme Falso: O golpista informa, com um tom de urgência, que sua conta foi invadida ou que uma compra suspeita de valor alto acabou de ser feita no seu cartão. O objetivo é criar pânico e quebrar suas defesas.
  2. A Falsa Solução: Para “cancelar a transação” ou “proteger sua conta”, o suposto funcionário diz que você precisa instalar um “aplicativo de segurança” ou um “módulo de proteção” no seu celular. Ele te guia, passo a passo, na instalação.
  3. A Entrega da Chave: O aplicativo que você instala é, na verdade, um software de acesso remoto, como o AnyDesk ou o TeamViewer. Ao instalá-lo e fornecer o código de acesso, você entrega o controle total do seu celular para o criminoso.

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A possessão: quando a “mão fantasma” assume o controle

A partir do momento em que você dá o acesso, a “mão fantasma” entra em ação. O golpista, de seu próprio computador, passa a ver tudo na tela do seu celular e a controlá-lo como se estivesse com ele nas mãos.

Enquanto ele te mantém ocupado na ligação, com conversas e procedimentos falsos, a mão invisível dele:

  • Abre seu aplicativo do banco.
  • Visualiza seu saldo e suas senhas salvas.
  • Realiza transferências via PIX, limpa seus investimentos e solicita empréstimos em seu nome.

Quando você finalmente desliga o telefone e percebe o estrago, já é tarde demais. Sua conta foi zerada.

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O guia de sobrevivência: como se proteger do demônio

A proteção contra esse golpe depende de uma única regra de ouro, um mantra que você precisa repetir para si mesmo e para seus pais e avós.

OS BANCOS NUNCA, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA, LIGAM PARA VOCÊ PEDINDO PARA INSTALAR QUALQUER TIPO DE APLICATIVO OU SOFTWARE NO SEU CELULAR OU COMPUTADOR.

Se você receber uma ligação assim, não importa o quão real pareça, a instrução é uma só:

  1. Desligue o telefone imediatamente. Não discuta, não tente ser mais esperto. Apenas desligue.
  2. Não instale nada. Nunca instale um aplicativo a pedido de alguém por telefone.
  3. Ligue você para o banco: Se ficou na dúvida, procure o número de telefone oficial no verso do seu cartão ou no site oficial do banco e ligue você mesmo para a central de atendimento para verificar se houve algum problema.

Lembre-se: no mundo digital, a desconfiança é sua maior aliada. Uma ligação pode ser o suficiente para te levar do céu financeiro ao inferno em poucos minutos.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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