Michael Madsen, ator de ‘Kill Bill’ e ‘Reservoir Dogs’, morre aos 67

O ator Michael Madsen, conhecido por seu trabalho em filmes aclamados e por suas colaborações com o diretor Quentin Tarantino, faleceu em sua casa em Malibu, na Califórnia, na manhã de quinta-feira. Ele tinha 67 anos. A informação foi confirmada por sua assessora, Liz Rodriguez. Segundo ela, Madsen sofreu uma parada cardíaca e foi encontrado sem resposta.

Rodriguez destacou que Madsen era um dos atores mais icônicos de Hollywood e que sua ausência será sentida por muitos. O sargento Christopher Jauregui, comandante da delegacia do condado de Los Angeles, também confirmou que os policiais encontraram Madsen em sua residência e que a morte foi registrada às 8h25 do horário local. Não há suspeitas de crime.

Michael Madsen foi um ator prolífico, reconhecido principalmente por seus papéis em filmes como “Cães de Aluguel”, “Era uma Vez em… Hollywood” e a trilogia “Kill Bill”. Seu estilo sereno, mas muitas vezes ameaçador, permitiu que ele interpretasse tanto vilões marcantes quanto protagonistas em diversos gêneros cinematográficos.

A carreira de Madsen começou na televisão no início dos anos 1980, com sua atuação em “St. Elsewhere”. Ele rapidamente fez a transição para o cinema, onde ganhou notoriedade em “Thelma & Louise”, de 1991, como Jimmy, o namorado de um dos personagens principais. Sua colaboração com Tarantino começou em 1992, quando interpretou o infame Mr. Blonde em “Cães de Aluguel”, marcando o início de uma fase notável em sua carreira, que incluiu papéis em filmes de ação e faroestes.

Apesar de Madsen ter participado de produções menores ao longo de sua carreira, ele também esteve em grandes produções, como “Donnie Brasco”, “007 – Tudo ou Nada” e “Sin City”. O ator se destacou especialmente como Sidewinder em “Kill Bill”, que estreou em dois volumes em 2003 e 2004.

Madsen também teve sua cota de dificuldades pessoais e legais. No ano passado, ele foi preso sob suspeita de agressão doméstica após uma discussão com sua esposa, DeAnna Madsen, com quem se divorciou logo após. Ele já havia enfrentado problemas com a lei anteriormente, incluindo prisões por dirigir sob influência de álcool e um incidente envolvendo seu filho adolescente. Madsen compartilhou abertamente sobre os desafios de sua vida e a pressão da fama, mencionando que a fama pode ter um lado devastador.

Em 2022, Madsen sofreu uma tragédia pessoal com a morte de seu filho, Hudson, que tirou a própria vida em Havai. O ator expressou sua dor e confusão em relação à perda, ressaltando a dificuldade em entender o que havia acontecido.

Com mais de 320 créditos em seu currículo, Madsen estava trabalhando em vários projetos até sua morte. Entre os filmes independentes que ele estava desenvolvendo estavam “Resurrection Road”, “Concessions” e “Cookbook for Southern Housewives”. Ele também planejava lançar um livro intitulado “Tears For My Father: Outlaw Thoughts and Poems”.

Madsen estava animado com o que o futuro lhe reservava e acreditava que sua carreira refletia um monitor cardíaco: suas criações variavam em qualidade, mas ele continuava a buscar novos desafios na indústria do entretenimento.