Jurassic World Rebirth: uma análise da nova produção

Jurassic World: Rebirth estreia nos cinemas na quarta-feira, dia 2 de julho
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O novo filme da franquia Jurassic World, intitulado "Jurassic World: Rebirth", chega às telonas com uma trama que explora a ganância das empresas em busca de lucros a partir do DNA dos dinossauros. Marcas como InGen e Biosyn estão em ação, tentando tirar proveito da ideia original de John Hammond, após muitos anos desde o sucesso de "Jurassic Park", lançado em 1993. No entanto, o que se esperava ser um renascimento para a franquia parece mais um reencontro com os velhos clichês.
O filme conta com a presença de estrelas como Scarlett Johansson e Mahershala Ali, que entregam boas atuações como Zora Bennet, especialista em operações secretas, e seu colega mercenário, Duncan Kincaid. A química entre eles é um dos pontos altos do longa, garantindo momentos interessantes na tela.
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"Rebirth" começa com certa promessa, apresentando sequências iniciais que capturam a tensão esperada. O diretor Gareth Edwards, conhecido por seu trabalho em "Rogue One", mostra que sabe criar uma atmosfera de terror através de grandes escalas. A abertura do filme traz uma nova interpretação para a trilha sonora, evocando elementos de filmes clássicos da Universal, o que introduz uma energia diferente e intrigante.
Contudo, a narrativa logo se inicia em um caminho já explorado, com a introdução de uma nova ilha onde a InGen realizou experimentos controversos. Um grupo de heróis e vilões se vê em uma luta pela sobrevivência em um ambiente que remete aos problemas já enfrentados em produções anteriores da série. O filme adota uma fórmula semelhante a "The Force Awakens", seguindo um roteiro que ecoa o original "Jurassic Park", mas sem a mesma simplicidade encantadora.
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A trama se complica à medida que tenta abarcar muitas questões, como a ética da ciência, a ganância corporativa e a convivência com dinossauros. Cada personagem parece ter um arco emocional muito específico, o que acaba tornando a história confusa e excessivamente carregada.
Uma das cenas que tenta evocar a admiração sentida no primeiro filme, onde os personagens se deparam com dinossauros majestosos, falha em causar o mesmo impacto. O uso de imagens aéreas, ao invés da perspectiva dos personagens, resulta em uma desconexão emocional que prejudica a experiência do público.
A família Delgado, formada por Manuel Garcia-Rulfo e a jovem Luna Blaise, também traz um trabalho competente, mas sua presença no filme parece desnecessária. Ao longo da trama, suas histórias pessoais não contribuem significativamente para o desenvolvimento do enredo principal, e suas interações com os protagonistas parecem meramente acidentais.
Por outro lado, o filme conta com dinossauros geneticamente modificados que oferecem momentos de terror, mantendo em algumas sequências a tensão típica da franquia. No entanto, a escala e a presença desses monstros podem parecer inconsistentes, o que prejudica a construção de um verdadeiro senso de ameaça.
Embora "Jurassic World: Rebirth" não apresente falhas gritantes, a obra se mostra apenas mediana, sem novidades significativas. O filme parece perder a oportunidade de se reinventar e oferece uma experiência que, apesar de entretenedora, não se distancia o suficiente do que já foi visto. A produção parece estar mais preocupada em explorar o potencial da franquia do que em questionar se esse retorno era realmente necessário.
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