Se você machucou a mão e agora não consegue esticar um dedo, é normal sentir insegurança. Muitos acreditam que o problema some sozinho, mas algumas lesões do tendão extensor precisam de intervenção cirúrgica rápida. Neste texto eu vou explicar, de forma direta, quais sinais são urgentes e quando procurar ajuda especializada.
Você vai ver exemplos práticos, passos para avaliar o quadro em casa e o que esperar na consulta. Ao fim, terá ferramentas para decidir se a sua lesão exige cirurgia ou tratamento conservador. Vamos lá?
O que este artigo aborda:
- O que é o tendão extensor e por que ele importa
- Como a lesão costuma se apresentar
- Lesão de tendão extensor: quais sintomas exigem cirurgia
- Por que operar?
- Quando tentar tratamento conservador
- Como é feita a avaliação médica
- Principais técnicas cirúrgicas
- Recuperação e cuidados pós-operatórios
- Quando procurar um especialista
- Exemplos práticos
- Resumo prático
O que é o tendão extensor e por que ele importa
Os tendões extensores ficam no dorso da mão e permitem esticar os dedos e o punho. São estruturas finas, mas essenciais para funções simples do dia a dia, como abrir a mão ou segurar objetos.
Segundo aponta o Dr. Henrique Bufaiçal, ortopedista atuante em Goiânia e especialista em mão reconhecido nacionalmente por seu domínio das técnicas minimamente invasivas, uma lesão de tendão extensor pode ser causada por cortes, pancadas, ou uso contínuo em movimentos forçados. Quando o tendão se rompe ou fica deslocado, o dedo pode perder a extensão ativa.
Como a lesão costuma se apresentar
Nem toda dor no dorso da mão indica ruptura. Observe alguns sinais que ajudam a diferenciar um caso mais grave.
- Perda de movimento: dificuldade ou incapacidade de esticar um dedo.
- Deformidade visível: dedo flexionado em repouso, especialmente após trauma.
- Dor localizada: dor aguda sobre o tendão, sensível ao toque.
- Hematoma ou corte profundo: sinais de trauma direto que podem cortar o tendão.
Lesão de tendão extensor: quais sintomas exigem cirurgia
Agora o ponto central. Nem toda lesão precisa de operação, mas alguns sintomas indicam fortemente a necessidade de cirurgia. Se você observar um ou mais itens abaixo, procure avaliação o quanto antes.
- Incapacidade completa de estender o dedo: quando o dedo fica preso em flexão e não responde a nenhum esforço para esticar.
- Corte profundo no dorso da mão: ferimentos por facas, vidro ou metal podem seccionar o tendão.
- Lesões associadas a fratura ou luxação: se houve fratura nas proximidades do tendão, a chance de precisar de cirurgia aumenta.
- Lesão crônica com deformidade em martelo: deformidade que persiste por semanas e prejudica função.
- Rotura dos aspectos centrais do tendão com retratação: quando o tendão encurta e não é possível aproximar as extremidades para cicatrização conservadora.
Por que operar?
A cirurgia reposiciona ou reconecta o tendão, restaurando a função e evitando deformidades. Quando a perda de extensão é total, a cirurgia tende a oferecer melhores resultados funcionais do que a imobilização.
Em cortes limpos e atendimento rápido, o reparo primário costuma ser simples e com boa recuperação. Em casos crônicos, o procedimento pode exigir enxertos ou enxertos tendíneos.
Quando tentar tratamento conservador
Algumas lesões parciais respondem bem a imobilização e fisioterapia. Se você ainda consegue estender parcialmente o dedo e não houve corte profundo, o médico pode indicar talas e reavaliação.
A imobilização evita que o tendão deslize e permite cicatrização, quando a lesão é parcial. A decisão depende do grau de lesão, do tempo desde o trauma e da função do paciente.
Como é feita a avaliação médica
Na consulta, o médico examina a força e a amplitude de movimento. Testes simples mostram se o tendão está rompido.
Exames de imagem como ultrassom e ressonância ajudam a definir extensão e local da lesão. Em cortes, a inspeção direta costuma ser suficiente.
Principais técnicas cirúrgicas
O tipo de cirurgia varia com a gravidade e o tempo desde a lesão. Vou listar as opções mais comuns.
- Reparo primário: sutura direta das extremidades do tendão em lesões agudas.
- Alongamento ou liberação: em casos com encurtamento ou aderências.
- Enxerto tendíneo: quando falta tecido e é preciso substituir parte do tendão.
- Fixação associada a fratura: quando há fratura que precisa ser tratada junto com o tendão.
Recuperação e cuidados pós-operatórios
Após a cirurgia, o dedo costuma ficar protegido com uma tala por algumas semanas. A mobilização precoce, orientada pelo cirurgião e fisioterapeuta, é importante para evitar rigidez.
Seja disciplinado com os exercícios. A recuperação pode levar de semanas a meses, dependendo do caso. Trabalho manual pesado pode ser liberado só após recuperação completa.
Quando procurar um especialista
Procure atendimento rápido se houver corte profundo, perda de movimento ou deformidade. Quanto antes for a avaliação, melhores as chances de reparo simples.
Um médico cirurgião da mão pode orientar sobre necessidade de cirurgia e o melhor momento para operar. Não espere semanas se o dedo não estende.
Exemplos práticos
Um paciente que cortou o dorso da mão com vidro e não conseguia esticar o indicador foi operado no mesmo dia. Em semanas recuperou quase toda a função.
Já um trabalhador que ignorou dor e deformidade por meses precisou de enxerto e teve recuperação mais lenta. Esses casos mostram a vantagem do diagnóstico precoce.
Resumo prático
Lesão de tendão extensor: quais sintomas exigem cirurgia é a pergunta que todo paciente com perda de extensão deve fazer ao se ferir. Em resumo, incapacidade de estender o dedo, cortes profundos, fraturas associadas e deformidade persistente são sinais de alerta.
Procure avaliação rápida, siga o plano do especialista e faça os exercícios recomendados. Assim você aumenta as chances de recuperação completa e evita sequelas.
Agora que você sabe identificar quando a lesão de tendão extensor exige cirurgia, use essas dicas para agir com rapidez. Procure avaliação se tiver dúvidas e siga o tratamento recomendado.
