Países reagem ao plano de cessar-fogo dos EUA; veja a repercussão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano de 20 pontos nesta segunda-feira (29) com a intenção de encerrar a guerra em Gaza. Esse anúncio gerou diversas reações ao redor do mundo, com apoio de países árabes, muçulmanos e várias potências ocidentais. A proposta é vista como uma possível saída para alcançar um cessar-fogo e promover a reconstrução da Palestina.
O plano inclui várias medidas, como um cessar-fogo imediato, a libertação de prisioneiros, a retirada gradual das tropas israelenses, o envio de uma força internacional temporária e o desarmamento do grupo Hamas, além da criação de uma autoridade de transição com participação de parceiros estrangeiros.
A organização Hamas informou que sua equipe de negociação está analisando a proposta. Um de seus representantes, Muhammad Mardawi, comentou que as condições apresentadas parecem favorecer a perspectiva israelense e que o grupo ainda não recebeu o plano de forma clara para que possa formular uma resposta. Ele ressaltou que a proposta deve ser entregue a eles e a outras organizações palestinas.
Por outro lado, a Autoridade Palestina (AP) elogiou os esforços de Trump para acabar com a guerra e expressou confiança em sua capacidade de trazer paz. A AP comprometeu-se a trabalhar junto dos Estados Unidos e de parceiros regionais para estabelecer um acordo que garanta ajuda humanitária adequada, bem como a libertação de prisioneiros. Entre as demandas da AP estão a proteção do povo palestino, o respeito ao cessar-fogo e o impedimento da anexação de terras.
A Jihad Islâmica Palestina (PIJ), no entanto, se opôs à iniciativa. O secretário-geral do grupo, Ziyad al-Nakhalah, destacou que o plano reflete apenas a posição de Israel e não representa as necessidades do povo palestino. Ele alertou que a proposta pode gerar mais conflitos.
A repercussão no mundo árabe foi positiva. Chanceleres de oito nações, incluindo Catar, Jordânia e Arábia Saudita, elogiaram os esforços de Trump para alcançar a paz em Gaza e se comprometeram a colaborar na implementação do acordo. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também fez declarações favoráveis, enfatizando o suporte do país ao processo diplomático.
Líderes de outros países, como Índia e China, expressaram apoio à proposta, ressaltando a importância de um acordo para a paz na região. Já a União Europeia, através de seus líderes, enfatizou a urgência de acabar com as hostilidades e uma solução de dois Estados como caminho viável para a paz.
Em Israel, as reações foram divergentes. Um dos ministros do governo pediu que Trump rejeitasse a proposta, argumentando que a guerra só poderia terminar com a derrota completa do Hamas. O líder da oposição, Yair Lapid, defendeu o plano, considerando-o a melhor opção disponível, e elogiou o esforço de Trump em criar uma estratégia abrangente.
No geral, a apresentação do plano trouxe à tona um novo debate sobre a situação em Gaza, com diferentes visões e propostas sendo discutidas por líderes e organizações, refletindo a complexidade do conflito na região.