Rodrigo Capelo analisa falências de clubes no Estadão

A situação financeira dos principais clubes de futebol do Brasil tem gerado preocupação entre torcedores e especialistas. Com questões como vendas e contratações de jogadores, gestão e patrocínios, além das reformas de estádios, o tema está em destaque. Esta realidade reflete desafios enfrentados por várias equipes que buscam se destacar no cenário atual.
Rodrigo Capelo, novo colunista de um importante veículo de comunicação, participou de uma entrevista onde analisou diversos aspectos do futebol brasileiro. Ele abordou o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e seus impactos na administração de clubes como Botafogo, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo. Durante o bate-papo, Capelo discutiu também a situação financeira de clubes como São Paulo, Corinthians e Santos e os acordos que envolvem esses times.
Na entrevista, ele explicou que a SAF representa apenas um dos possíveis caminhos para a gestão dos clubes. A depender do investidor envolvido, essa estrutura pode ser tão arriscada quanto a gestão tradicional. Capelo ressaltou que, enquanto uma associação pode enfrentar dívidas e perder competitividade, ela não chega a falir da mesma forma que uma SAF, que pode, sim, ser levada a um processo falimentar em situações extremas.
Sobre Flamengo e Palmeiras, Capelo afirmou que esses clubes não precisam necessariamente adotar o modelo SAF, a menos que tenham motivos específicos, como a necessidade de mudar a governança ou facilitar a construção de estádios para melhorar seu desempenho financeiro.
Ao analisar a atual situação da reforma e construção de estádios no Brasil, Capelo alertou para os altos custos envolvidos, que podem ultrapassar R$ 1 bilhão. Ele destacou que, com a taxa de juros elevada no país, financiar projetos desse porte pode ser arriscado. Clubes que já estão lidando com essa realidade, como Corinthians e Atlético-MG, precisam tomar decisões cautelosas para não comprometer ainda mais suas finanças.
Por fim, o colunista comentou sobre a estratégia do São Paulo em vender jogadores revelados nas categorias de base para aliviar suas dificuldades financeiras. Segundo ele, essa movimentação é uma tentativa de o clube recuperar sua força, mas pode trazer riscos em longo prazo, especialmente se o clube perder novos talentos em potencial, como ocorreu no passado com jogadores célebres.
Rodrigo Capelo enfatiza a importância de uma administração sólida, para que os clubes possam, de fato, prosperar em um cenário cada vez mais desafiador.