No último sábado, Londres foi palco de uma grande manifestação contra a imigração, organizada por ativistas de direita, incluindo o conhecido Tommy Robinson. A marcha, chamada “Unite the Kingdom”, contou com a participação de mais de 110 mil pessoas. Durante o evento, a polícia relatou que seus oficiais foram atacados, recebendo projéteis e enfrentando agressões.
A manifestação, marcada por bandeiras do Reino Unido e da Inglaterra, seguiu até Whitehall, onde se localizam importantes prédios do governo e a residência do primeiro-ministro. Este protesto ocorreu após uma série de manifestações anti-imigração que ocorreram ao longo do verão, algumas delas se tornando violentas.
A força policial de Londres, a Metropolitan Police, informou que os incidentes de violência começaram quando alguns manifestantes desrespeitaram a separação criada para manter os grupos de protesto e contra-protesto afastados. Eles tentaram quebrar os cordões policiais, resultando em confrontos. A polícia informou que 26 oficiais ficaram feridos e 25 pessoas foram detidas em consequência das tensões.
Matt Twist, um dos assistentes da polícia, comentou sobre os ataques, classificando-os como inaceitáveis. Ele acrescentou que uma investigação sobre os violentos acontecimentos já estava em andamento, com a intenção de identificar os responsáveis. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também se manifestou, afirmando que qualquer forma de violência contra a polícia não é aceitável.
Ao mesmo tempo, uma contramanifestação organizada por grupos anti-fascistas ocorreu nas proximidades, onde oradores, como os deputados John McDonnell e Diane Abbott, discursaram em apoio aos direitos humanos e à diversidade. Os participantes da contramanifestação cantavam frases de protesto, como “sem justiça, sem paz”.
Robinson, cuja verdadeira identidade é Stephen Yaxley-Lennon, fez declarações durante o protesto, afirmando que o patriotismo e o controle das fronteiras são fundamentais. Ele é conhecido por seu papel anterior na Liga de Defesa Inglesa, um grupo anti-imigração que chegou a ter destaque no Reino Unido.
A comandante Clair Haynes da Metropolitan Police enfatizou a necessidade de que todos os londrinos, independentemente de sua origem, se sintam seguros ao se deslocar pela cidade e que mudanças no comportamento não deveriam ser necessárias devido aos protestos.
As manifestações em Londres refletem uma crescente polarização política e social no país, onde questões de imigração e identidade nacional têm gerado intensos debates e divisão entre diferentes grupos.
