A Natura anunciou na quinta-feira, dia 18, a venda da parte internacional da Avon, conhecida como “Avon International”, por apenas 1 libra para um veículo de aquisição do grupo Regent. Além deste valor simbólico, o acordo pode render até 60 milhões de libras, o equivalente a aproximadamente R$ 434 milhões, dependendo de condições que devem ser cumpridas pelas partes envolvidas.
Os ativos em questão estão sob a holding britânica Natura & Co UK Holdings e não incluem o mercado russo da Avon, nem as operações e a marca da Avon na América Latina. Este último é um foco prioritário da Natura atualmente, que está em processo de reestruturação.
Nos últimos anos, a Natura enfrentou desafios com uma estratégia de aquisições que resultou em uma operação global extensa e uma alta dívida. A empresa informou que a maioria dos empréstimos que possui em relação à Avon International será convertida em capital antes do fechamento do negócio. O restante será transferido à nova proprietária sem custo, após o cumprimento de certas condições.
A Natura também se comprometeu a fornecer uma linha de crédito de até US$ 25 milhões para a Avon International, com um prazo de cinco anos a partir da primeira utilização. No entanto, essa linha deve ser utilizada em até um ano após a finalização da venda, que está prevista para o primeiro trimestre de 2026.
Sobre as operações da Avon na Rússia, a Natura declarou que ainda está analisando possíveis alternativas estratégicas. Este anúncio de venda se dá poucos dias após a empresa informar que vendeu ativos da Avon na América Central por um valor simbólico de US$ 1, além de um pagamento adicional de US$ 22 milhões.
Em agosto, o presidente-executivo da Natura, João Paulo Ferreira, já havia comentado sobre o avanço nas negociações para a venda tanto da Avon International quanto da Avon América Central, com a expectativa de que esses processos fossem concluídos em até um ano.
