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Motta comenta arquivamento da PEC da Blindagem e pautas futuras

Após o Senado arquivar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que visava dificultar a abertura de processos penais contra parlamentares, o presidente da Câmara, Hugo Motta, minimizou as tensões entre as duas casas do Congresso. Ele afirmou que não vê um “sentimento de traição” em relação à rejeição da proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara com um significativo apoio popular. Motta declarou que não é incomum haver discordâncias entre a Câmara e o Senado, destacando que isso faz parte do funcionamento da democracia.

Em um evento recente, Motta mencionou ter participado de um jantar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na casa do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. No entanto, ele não entrou em detalhes sobre a rejeição da PEC durante a conversa. essa reunião é vista como uma oportunidade perdida de discutir o assunto mais profundamente.

A rejeição da proposta gerou descontentamento entre alguns deputados, que se sentiram traídos por um acordo que, segundo eles, foi quebrado. O líder do partido Progressistas, Doutor Luizinho, criticou a postura do Senado, chamando-a de “comportamento errático” e afirmando que houve uma ruptura do que havia sido previamente acordado entre ele, Motta e Alcolumbre.

A PEC, que dificultaria ações penais contra deputados, havia sido aprovada na Câmara com 353 votos a favor e 134 contra. Essa votação contou com o apoio de partidos do Centrão, da oposição e até de alguns partidos da base governista. A proposta enfrentou forte rejeição nas redes sociais, especialmente após a aprovação de um projeto de anistia no dia seguinte, que levou cidadãos a protestar em 27 capitais do país.

A derrota da PEC no Senado, com um resultado de 27 votos a 0, evidenciou um descontentamento entre as duas casas. Relatórios já antecipavam que a proposta enfrentaria dificuldades para ser aprovada no Senado, onde o apoio era considerado insuficiente.

No mesmo dia, Motta também comentou sobre um projeto de anistia que está em discussão. Ele afirmou que ainda não tem clareza sobre o “clima” a respeito desse projeto e que precisará de mais tempo para avaliar quando ele poderá ser colocado em votação. O relator da proposta de anistia, Paulinho da Força, está em negociações com representantes da base e da oposição, mas não conseguiu finalizar um texto que apresente consenso.

Motta reiterou que não se comprometerá com prazos para a votação da anistia até que haja uma melhor compreensão sobre a posição das diferentes bancadas na Câmara. Ele enfatizou a importância de captar o sentimento geral do Congresso antes de tomar decisões.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

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