MetrôRio provoca Metrô de São Paulo e gera reflexão

O MetrôRio divulgou um vídeo nas redes sociais onde colaboradores dançam ao som da música “Amor Traumatizado”. Na legenda, o vídeo faz uma comparação com o Metrô de São Paulo, destacando a ausência da função de pagamento por aproximação na capital paulista. A publicação rapidamente se tornou popular, mas os comentários dos usuários desviaram do tema da tarifa e passaram a discutir aspectos mais relevantes sobre o transporte público, como a cobertura da malha metroviária, frequência, custo das passagens e previsibilidade nos horários.
Atualmente, o sistema de Metrô de São Paulo é administrado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (CMSP). Esta estatal opera diretamente as linhas Azul, Verde, Vermelha e Prata (monotrilho). Em resumo, essas quatro linhas totalizam 63 estações e se estendem por 71,4 km, segundo dados da infraestrutura planejada até 2025. Além disso, São Paulo conta com as linhas Amarela e Lilás, que são operadas por concessionárias. Com isso, a rede metroviária da cidade soma aproximadamente 104 km e 91 estações.
Em relação à operação, a Linha 4-Amarela é totalmente automática e possui portas de plataforma que aumentam a segurança dos passageiros. A Linha 15-Prata, por sua vez, é um monotrilho automatizado, funcionando com intervalos de 75 a 90 segundos durante os horários de pico. O valor da tarifa no sistema metroferroviário de São Paulo é de R$ 5,20, incluindo a opção de pagamento por QR Code. As estações operam em horários variados, geralmente de 4h40 às 0h. Em 2024, a expectativa é que as linhas da CMSP transportem cerca de 2,9 milhões de pessoas por dia útil.
Sobre as melhorias em curso, três projetos estão em andamento para expandir a rede metroviária. A Linha 2-Verde está em obras, com a adição de oito novas estações, o que impactará a mobilidade na zona leste. A Linha 6-Laranja, em parceria público-privada, deverá contar com 15,3 km e 15 estações. Por fim, a Linha 17-Ouro, que também será um monotrilho, terá 6,7 km e oito estações, com previsão de início das operações em 2026. Esses projetos visam reduzir o tempo de deslocamento e facilitar a integração com outros meios de transporte.
No Rio de Janeiro, o sistema de metrô é operado pelo MetrôRio, que está sob a administração da HMOBI S.A. desde novembro de 2021, abrangendo as linhas 1, 2 e 4. O MetrôRio possui 41 estações e 14 pontos de integração, mas não fornece informações precisas sobre a extensão total da rede, que é estimada em cerca de 58 km. O horário de funcionamento do metrô na cidade varia de 5h até 0h nos dias úteis e de 7h às 23h nos finais de semana e feriados. A tarifa padrão é de R$ 7,90, válida desde abril de 2025, com uma tarifa social de R$ 5,00 para usuários com Bilhete Único Intermunicipal.
Os comentários sobre o vídeo divulgado pelo MetrôRio revelam que, para os usuários, a forma de pagamento é um aspecto relevante, mas outros fatores como frequência, previsibilidade e integração tarifária são ainda mais importantes. Muitos destacaram a facilidade de transitar por São Paulo utilizando o metrô e os trens, sem a necessidade de mais ônibus. Por outro lado, os usuários do Rio solicitaram melhorias relacionadas à regularidade, conforto e limpeza dos trens. Críticas também surgiram sobre a Linha 4, que alguns usuários consideram apenas uma extensão da Linha 1, gerando expectativa por melhores conexões entre as linhas.
O vídeo do MetrôRio acabou gerando um debate sobre a qualidade do serviço de transporte público nas duas capitais. As interações e comparações entre os sistemas de São Paulo e do Rio de Janeiro destacam as diferentes experiências que os passageiros têm ao utilizar o metrô em cada cidade.