Eleições especiais na Virgínia podem reduzir a maioria republicana na Câmara
Os eleitores do norte da Virgínia vão às urnas na próxima terça-feira para uma eleição especial. O foco dessa votação é aumentar a representação dos democratas na Câmara dos Representantes e reduzir a já pequena maioria dos republicanos.
Caso os democratas vençam, o presidente da Câmara, Mike Johnson, só poderá perder dois votos de seus colegas republicanos em votações importantes, em vez de três.
A eleição é para substituir o lugar do deputado democrata Gerry Connolly, que faleceu em maio após uma batalha contra o câncer. A corrida para o 11º distrito congressional envolve James Walkinshaw, ex-chefe de gabinete de Connolly e atual supervisor de Fairfax County, que é o favorito. Ele enfrenta o republicano Stewart Whitson, um veterano militar e ex-agente do FBI, que atualmente atua como lobista.
Esse distrito, localizado nos subúrbios de Washington, D.C., abrange uma grande área de Fairfax County e abriga muitos funcionários federais. Nas eleições de 2024, a região votou em Kamala Harris com uma diferença de 34 pontos percentuais em relação a Donald Trump, e Connolly foi reeleito com a mesma margem.
Para os democratas, essa eleição é uma chance de recuperar a força na Câmara após o falecimento de alguns de seus membros, o que deu um pouco mais de espaço aos republicanos. Connolly foi o terceiro democrata a falecer enquanto estava no cargo este ano; antes dele, morreram os deputados Sylvester Turner, do Texas, e Raul Grijalva, do Arizona. Também em julho, o republicano Mark Green deixou seu cargo, resultando na atual composição da Câmara com 219 republicanos e 212 democratas.
Caso os três assentos deixados pelos democratas sejam preenchidos antes da troca de Green em dezembro, a pressão sobre a estreita maioria republicana aumentará. A eleição para substituir Grijalva está marcada para 23 de setembro, enquanto a eleição para Turner ocorrerá em 4 de novembro, sendo ambas esperadas para permanecer nas mãos dos democratas.
A chegada desses novos membros poderia proporcionar uma vantagem aos deputados que desejam forçar uma votação para a liberação dos arquivos de Jeffrey Epstein. Um pedido de desligamento bipartidário, liderado pelo republicano Thomas Massie e pelo democrata Ro Khanna, precisa de 218 assinaturas para avançar e, até agora, eles afirmam ter 216 assinaturas, contando sem os dois novos membros que deverão entrar na Câmara ainda este mês.
Khanna comentou que já têm os votos necessários e que os dois novos democratas estão comprometidos em assinar. A expectativa é que isso ocorra até o final de setembro.
