Defesa de Bolsonaro pretende solicitar prisão domiciliar se condenado

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que solicitará prisão domiciliar após o término do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é acusado de vários crimes, incluindo tentativa de derrubar o Estado Democrático de Direito, danos qualificados ao patrimônio público, deterioração de bens tombados e organização criminosa.
O advogado Paulo Bueno, ao chegar ao STF, destacou a fragilidade da saúde de Bolsonaro. Ele afirmou que a situação de saúde do ex-presidente pode ser um fator levado em consideração no julgamento, embora não tenha antecipado quais serão as próximas ações.
Durante o julgamento, que está programado para recomeçar às 14h com o voto da ministra Cármen Lúcia, a equipe de defesa observa que o voto do ministro Luiz Fux pode abrir caminho para ações em tribunais internacionais. Segundo Bueno, essa oportunidade é relevante, já que aborda questões significativas sobre a violação de direitos humanos.
Os ministros também esperam que o voto de Cármen Lúcia seja decisivo e contrastante em relação ao de Fux, que afirmou não ter percebido a tentativa de golpe nos atos dos réus, entre os quais se encontram Bolsonaro e outras sete pessoas envolvidas na investigação. O ambiente é de expectativa diante das repercussões que essa decisão pode ter.