
Investidores pessoas físicas estão acompanhando com atenção as ações do Banco do Brasil (BBAS3) ao longo de 2025, especialmente após a instituição revelar dificuldades na gestão de sua carteira de crédito para o agronegócio. Como resultado, o valor das ações caiu para uma faixa considerada baixa.
Recentemente, uma corretora de valores revisou suas expectativas e reduziu o preço-alvo das ações do Banco do Brasil de R$ 32 para R$ 25 nos próximos 12 meses, mantendo uma recomendação neutra. No dia 12 de setembro de 2025, as ações estavam cotadas a R$ 22,31. Se as previsões se concretizarem e o valor atingir R$ 25, os investidores poderiam ter um ganho de 12,06%. Se comparado com o preço-alvo anterior de R$ 32, o potencial de valorização aumentaria para 43,43%.
Os analistas Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães destacam que, apesar dos números atuais parecerem favoráveis, isso não é suficiente para que o Banco do Brasil consiga se recuperar rapidamente de sua situação delicada. A inadimplência dos empréstimos voltados ao agronegócio deve continuar alta, com melhorias esperadas de forma lenta e gradual, e as condições provavelmente serão piores do que nos últimos anos.
A taxa Selic, que está em 15% ao ano, impacta negativamente não apenas o setor agrícola, mas também os empréstimos a pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Guttmann e Guimarães alertam que a taxa de custo de risco poderá chegar a 4,5% em 2025 e se manter alta nos anos seguintes. Ao mesmo tempo, a receita líquida de investimentos pode sofrer pressão devido a novas regras contábeis relacionadas ao reconhecimento de juros, e não há expectativas de grandes melhorias na contenção de despesas a curto prazo.
De acordo com dados da Investidor10, um investimento de R$ 1 mil em BBAS3 há 10 anos teria crescido para R$ 4.520,00, considerando o reinvestimento dos dividendos. Em comparação, o mesmo investimento no Ibovespa teria retornado R$ 3.011,70.