Lewis Hamilton não está preocupado com o que os críticos têm a dizer. O heptacampeão da Fórmula 1 sabe que sua adaptação à Ferrari pode levar um tempo, e ele já espera por isso. Apesar de ter dado um show ao vencer a sprint no GP da China, as coisas não têm sido fáceis em Maranello, e ele está ciente do desafio.
Na última corrida, ele apareceu visivelmente cansado e admitiu que esta era do efeito solo está sendo a mais complicada desde que começou na F1, lá em 2007, na McLaren. Ele também teve algumas discussões pelo rádio com seu engenheiro, Riccardo Adami, e teve dificuldades em acompanhar o ritmo do companheiro de equipe, Charles Leclerc. E ainda por cima, a desclassificação no GP de Xangai trouxe à tona questionamentos sobre seu futuro na categoria.
Para ele, ignorar o que os críticos falam é fundamental. “Esqueço isso imediatamente, simplesmente não fico pensando nisso”, comentou em uma entrevista. A verdade é que ele prefere focar no trabalho com sua equipe, sem se deixar levar pela opinião de quem nunca esteve na pista.
Agora, ele está de olho no GP de Miami, mas a expectativa não é das melhores. Como não há atualizações para a Ferrari, Hamilton revelou que não está muito otimista sobre uma melhora imediata e fez uma comparação bem interessante: “É como quando entrei na Mercedes, em 2013. Os primeiros seis meses foram complicados”, diz ele. A adaptação a um novo carro, com configurações feitas para um piloto diferente e um estilo de pilotagem distinto, faz parte do desafio.
“Vamos dar o nosso melhor. Não temos nada novo para este fim de semana, mas tou procurando otimizar o carro e, certamente, o Charles mostrou do que o carro é capaz”, completou. E é sempre bom lembrar como a experiência conta: quem já rodou muito em pista sabe que cada corrida é uma nova chance de aprendizado, e Hamilton está focado para tirar o máximo deste momento.
Ele deixou uma porta aberta sobre o tempo que vai levar para se adaptar, afirmando que pode ser mais longo do que o esperado. “Realmente não sei, mas estamos trabalhando para encurtar esse tempo. Quem sabe?”
