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A arma secreta da F-150 que humilha as picapes Ram e Silverado

O mercado de picapes grandes no Brasil virou um campo de guerra. De um lado, a tropa quase infinita da Ram, com seus modelos 1500, 2500 e 3500, que esbanjam força e torque. Do outro, a imponente Chevrolet Silverado, que retornou ao país com status de lenda.

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E, correndo por fora, a Ford F-150, a caminhonete mais vendida do mundo, com um coração de Mustang debaixo do capô.

Nessa batalha de monstros, a lógica nos levaria a crer que a mais forte ou a mais potente levaria o prêmio de melhor compra. A Ram 1500 é a mais rápida, a Ram 2500 tem um torque de caminhão, e a Silverado tem uma caçamba gigantesca.

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A F-150, com sua capacidade de carga relativamente baixa e um motor V8 a gasolina que bebe como gente grande, não parece, à primeira vista, a escolha mais racional.

Mas, pelo segundo ano consecutivo, uma renomada análise da revista Autoesporte, que avaliou mais de 180 carros, coroou a Ford F-150 como a picape grande de melhor custo-benefício do Brasil.

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E a pergunta que fica é: como? A resposta está em uma “arma secreta”, um trunfo financeiro que a Ford esconde na ponta do lápis e que humilha suas concorrentes nos dois momentos que mais doem no bolso do proprietário.

A ‘vacina’ anti-prejuízo: a menor desvalorização do mercado

O primeiro golpe da F-150 é na revenda. Em um segmento onde os carros custam mais de meio milhão de reais, a desvalorização é um fantasma que assombra qualquer comprador.

E é aqui que a Ford se destaca brutalmente. A F-150 tem uma desvalorização de apenas 6,9% ao ano, a menor de toda a categoria.

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Para comparar, a Ram 3500 perde mais de 16% do seu valor no mesmo período. Na prática, isso significa que, depois de um ano, o dono da F-150 deixou de “perder” dezenas de milhares de reais em comparação com os donos das rivais.

O ‘airbag’ para o seu bolso: a cesta de peças mais barata da categoria

A segunda parte da “arma secreta” é ainda mais chocante e aparece no momento do sufoco: uma batida ou a necessidade de uma peça de reposição.

A F-150 tem, de longe, a cesta de peças mais barata entre suas principais concorrentes.

  • Cesta de Peças da Ford F-150: R$ 27.579
  • Cesta de Peças da Chevrolet Silverado: R$ 68.265

A diferença é absurda. Um pequeno acidente que quebre um farol, um para-choque e um para-lama pode custar quase três vezes mais caro para o dono de uma Silverado do que para o de uma F-150.

É como ter um “airbag” para o seu bolso em caso de imprevistos. Enquanto isso, as revisões da F-150 ficam na média da categoria, sem assustar como as da Ram 2500/3500, que ultrapassam os R$ 20 mil.

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Mas nem tudo é perfeito: o motor V8 e a caçamba ‘pequena’

Claro que a F-150 não é perfeita. Seu maior charme é também um de seus “defeitos”: o motor V8 Coyote de 405 cavalos, o mesmo do Mustang, é uma usina de força e tem um ronco espetacular, mas seu consumo de gasolina na cidade é alto, na casa dos 5,7 km/l.

Além disso, sua capacidade de carga de 728 kg, embora suficiente para a maioria, é menor que a de picapes de porte inferior, como a Fiat Toro.

No entanto, para quem busca uma picape grande para lazer e não para trabalho pesado, seu pacote financeiro — com a menor desvalorização e as peças mais baratas — a torna, pelo segundo ano seguido, a campeã indiscutível do custo-benefício.

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Rodrigo Campos

Jornalista, pós-graduado em Comunicação e Semiótica, graduando em Letras. Já atuou como repórter, apresentador, editor e âncora em vários veículos de comunicação, além de trabalhar como redator e editor de conteúdo Web.

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