Notícias Agora

Jimmy Kimmel é retirado do ar após comentários sobre Charlie Kirk

O apresentador de televisão Jimmy Kimmel foi suspenso de seu programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado, após comentários sobre o tiroteio que resultou na morte do ativista conservador Charlie Kirk. A emissora ABC tomou essa decisão logo após Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC), ameaçar tomar medidas contra a emissora e a Disney, empresa-mãe da ABC.

Durante seu monólogo na segunda-feira, Kimmel criticou o que chamou de “gangue Maga” por tentar desviar a atenção do assassinato de Kirk, sugerindo que aqueles que apoiavam o ativista estavam buscando capitalizar politicamente sobre a tragédia. As declarações de Kimmel geraram uma forte reação de Carr, que o acusou de enganar o público. Até o momento, Kimmel não se manifestou publicamente sobre a suspensão.

Kimmel, uma das personalidades mais conhecidas da TV americana, apresenta seu programa desde 2003 e já foi anfitrião do Oscar em quatro ocasiões. Na noite do incidente, ele também fez piadas sobre a resposta de Donald Trump ao tiroteio, comparando o luto do presidente com a reação de uma criança pequena. Isso provocou a indignação de Carr, que pediu uma retratação.

Horas após as críticas, a Nexstar Media, uma das maiores proprietárias de estações de TV nos EUA, anunciou que não exibiria mais o programa de Kimmel por tempo indeterminado, considerando suas observações ofensivas em um momento delicado da política nacional. Carr elogiou a decisão da Nexstar e esperava que outras emissoras seguissem o mesmo caminho.

Kirk foi morto por um único disparo durante um evento na Utah Valley University, e Tyler Robinson, de 22 anos, foi acusado de homicídio agravado. Os promotores afirmam que buscarão a pena de morte.

Como reações à suspensão de Kimmel, algumas figuras de Hollywood se manifestaram contra a decisão, como o ator Ben Stiller, que considerou a medida injusta, e Jean Smart, que afirmou que a suspensão era uma violação da liberdade de expressão. Enquanto isso, outros defendem que a suspensão foi uma consequência das ações de Kimmel e não um exemplo de “cancelamento”.

O clima na indústria do entretenimento está tenso, com líderes democratas da Câmara dos Representantes acusando Carr de abuso de poder e pedindo sua renúncia. Kimmel, ao deixar o estúdio, não fez comentários e muitos de seus fãs expressaram decepção com a suspensão, falando sobre o direito à liberdade de expressão.

A Writers Guild of America, o sindicato dos escritores de Hollywood, também criticou a suspensão, considerando que ela violava os direitos constitucionais de liberdade de expressão. Segundo fontes, Kimmel não foi demitido, e a direção da ABC planejava conversar com ele antes de seu retorno ao ar.

Essa suspensão se insere em um contexto mais amplo de tensão entre a administração Trump e as empresas de mídia. Trump já teve desavenças com outros veículos de comunicação, chegando a processar alguns deles. A situação atual levanta questões sobre o papel da liberdade de expressão na televisão e as consequências de comentários feitos em programas de opinião.

Editorial Noroeste

Conteúdo elaborado pela equipe do Folha do Noroeste, portal dedicado a trazer notícias e análises abrangentes do Noroeste brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo