Neste domingo, 14 de outubro, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, visitou o Muro das Lamentações em Jerusalém, acompanhado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os dois participaram de uma cerimônia simbólica, colocando orações escritas nas pedras sagradas do local e explorando escavações arqueológicas nas proximidades.
O Muro das Lamentações é um dos locais mais sagrados do judaísmo e mantém uma importância histórica significativa. Durante a visita, Netanyahu expressou sua confiança na relação entre Israel e os Estados Unidos, afirmando que ela é tão sólida quanto as pedras que estavam tocando.
A visita ocorre em um momento delicado nas relações entre os dois países. Na última terça-feira, 9 de outubro, Israel realizou um ataque aéreo em um complexo residencial no Catar, resultando na morte de membros do Hamas que estavam no país para negociações de cessar-fogo, além de um oficial catariano. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, reagiu duramente, rotulando a ação como “terrorismo de Estado” e afirmando que Netanyahu havia “acabado com a esperança” para os prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas. Ele pediu que Netanyahu fosse levado à justiça por suas ações.
O governo dos Estados Unidos também expressou descontentamento com o ataque, considerando-o um obstáculo nas tentativas de estabelecer um cessar-fogo em Gaza. Marco Rubio e Donald Trump se reuniram com o primeiro-ministro do Catar na sexta-feira, dia 12, para discutir as repercussões da situação. Ao ser questionado sobre o ataque, Rubio destacou que tanto ele quanto o presidente não estavam satisfeitos com o ocorrido, mas assegurou que isso não afetaria a parceria entre Israel e os Estados Unidos.
Além disso, Rubio mencionou que os projetos de Israel de expandir as colônias na Cisjordânia são, segundo ele, uma resposta aos esforços globais para o reconhecimento do Estado palestino. Essa questão deve ser debatida na próxima Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para o dia 22 de setembro, onde há expectativa de que países aliados dos EUA, como Reino Unido, França, Canadá, Austrália e Bélgica, considerem o reconhecimento do Estado palestino.
