Sete em cada dez brasileiros consideram bebês reborn um hobby legítimo

A Popularidade dos Bebês Reborn no Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Real Time Big Data revela que uma quantidade significativa de brasileiros, aproximadamente 71%, considera legítimo o hobby de criar e cuidar de bebês reborn, que são bonecos hiper-realistas que imitam recém-nascidos. Os dados foram coletados entre os dias 1º e 2 de julho de 2025, envolvendo mil entrevistados de diversas regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

Apesar da aceitação geral desse hobby, existem limites para a sua prática. Quando questionados sobre se pessoas que levam esses bonecos a hospitais e consultas médicas devem ser atendidas normalmente, 98% dos entrevistados foram contrários. Apenas 2% mostraram-se favoráveis a essa atitude.

A pesquisa também aponta que 67% da população já ouviu falar sobre os bebês reborn, com maior conhecimento entre jovens e pessoas com ensino superior. Entre os participantes, 41% possuem até o ensino fundamental completo, 43% têm o ensino médio e apenas 16% possuem diploma de ensino superior.

O levantamento incluiu pessoas de diferentes faixas etárias, variando de 16 a mais de 60 anos, e abrangeu diversas regiões do Brasil. A maior parte dos entrevistados veio do Sudeste (42%), seguida pelo Nordeste (28%), Sul (15%), Norte (8%) e Centro-Oeste (7%). A maioria pertence às classes C2 e D, que juntas somam 57% da amostra.

Embora o estudo indique que o hobby de cuidar de bebês reborn é amplamente aceito, ele também revela que não há um espaço considerável para a utilização desses bonecos em contextos que exigem seriedade, como atendimentos médicos.

O Que São os Bebês Reborn?

Os bebês reborn são produzidos com uma técnica que remonta à Segunda Guerra Mundial, mas foi na década de 1990, nos Estados Unidos, que se popularizaram com foco no hiper-realismo. Hoje, esse mercado movimenta quantias expressivas. Segundo dados do setor, algumas lojas brasileiras chegam a faturar R$ 40 mil por mês exclusivamente com a venda de bebês reborn e produtos relacionados. Os preços dos bonecos podem variar, alcançando até R$ 9 mil, e eles já têm seções dedicadas em grandes sites de varejo.

O aumento da demanda por esses bonecos também coincide com o crescimento de conteúdo relacionado nas redes sociais. Vídeos que simulam partos de bebês reborn, como os publicados pela influenciadora Carol Sweet, têm alcançado milhões de visualizações, estimulando debates sobre os limites desse hobby.

A pesquisa e as recentes tendências demonstram um fenômeno social que mistura aceitação e controvérsias em um mercado em expansão.