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Quantas SUSPEITAS de gripe aviária estão sendo analisadas no país?

O avanço de doenças transmissíveis em ambientes rurais e urbanos vem preocupando autoridades sanitárias e produtores em todo o país. Entre elas, a gripe aviária tem se mostrado uma ameaça constante, exigindo atenção redobrada e resposta rápida das entidades de defesa agropecuária.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, 12 novas suspeitas de infecção pelo vírus da gripe aviária estão sendo investigadas no Brasil. Os casos envolvem desde aves de subsistência até animais silvestres, o que levanta alertas sobre a possibilidade de disseminação mais ampla.

Apesar do cenário ainda ser de monitoramento, as investigações estão em estágio ativo, com coletas de amostras e análises laboratoriais em andamento. Ainda não há resultados conclusivos, mas a movimentação já é suficiente para acender o sinal de alerta.

Entenda como está a situação da gripe aviária no Brasil

Casos suspeitos se espalham por várias regiões do país

As novas suspeitas se distribuem por diferentes localidades, com destaque para uma investigação em andamento em uma granja comercial no município de Anta Gorda (RS). Esse é o único caso sob apuração em ambiente produtivo de larga escala, o que naturalmente preocupa o setor avícola.

Outras oito investigações estão concentradas em criações de subsistência, ou seja, pequenos criadores e produções domésticas. Esses casos foram registrados em cidades de Minas Gerais, como Bom Despacho, Divinópolis, Lagoa da Prata, Mateus Leme, Novo Cruzeiro e Ribeirão das Neves, além de ocorrências na Bahia (Itajuípe) e no Ceará (Quixeramobim).

Também há três suspeitas envolvendo aves silvestres em regiões distintas: Belo Horizonte (MG), Santo Antônio do Monte (MG) e Brasília (DF). Esses registros em fauna nativa ou livre são os mais difíceis de controlar, o que reforça a importância da vigilância contínua.

As investigações, segundo o Ministério da Agricultura, são parte da rotina do sistema de defesa sanitária, já que qualquer suspeita deve ser reportada imediatamente. A gripe aviária é considerada uma doença de notificação obrigatória e pode trazer impactos sérios à produção e exportação de carne de frango e ovos.

O que diz o histórico da gripe aviária no Brasil

Desde maio de 2023, quando foi registrada a primeira ocorrência de H5N1 em uma ave silvestre no Brasil, o país já somou mais de 2.500 investigações de suspeitas relacionadas à gripe aviária. O número reflete o grau de atenção e a robustez do sistema de monitoramento, que vem sendo mantido em alerta máximo.

Até o momento, há apenas um caso confirmado em uma granja comercial, localizado em Montenegro, no Rio Grande do Sul. O foco envolveu um matrizeiro de aves na região metropolitana de Porto Alegre, o que reforça a preocupação com a possibilidade de contaminação em larga escala.

Além disso, foram identificados três focos em produções de subsistência e 166 casos em animais silvestres — 162 em aves e quatro em leões-marinhos. Ao todo, o Brasil contabiliza 170 ocorrências da doença desde o início do monitoramento mais intenso.

Esses dados mostram que, embora o cenário esteja sob controle em termos de transmissão comercial, o risco permanece presente, principalmente devido ao contato entre aves silvestres e criações domésticas, que ainda são mais vulneráveis.

Como proteger os plantéis e evitar a propagação do vírus

A principal orientação para produtores, criadores e profissionais da área é a notificação imediata de qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). A detecção precoce é fundamental para evitar surtos mais graves e proteger o patrimônio sanitário do país.

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Outras medidas importantes incluem o reforço da biosseguridade nas granjas, restrição do acesso de pessoas externas às áreas de criação, uso de roupas e calçados exclusivos e desinfecção constante dos ambientes.

O controle da gripe aviária também depende da educação e conscientização dos pequenos criadores, especialmente em zonas rurais. Muitos não conhecem os procedimentos de notificação ou os riscos reais da doença, o que pode atrasar ações emergenciais.

Por fim, manter a vigilância ativa e confiar nos dados oficiais é o melhor caminho para garantir a segurança da cadeia produtiva. O Brasil segue atento, com protocolos rígidos e pronto para agir diante de qualquer sinal de ameaça.

Diego Marques

Tenho 23 anos e sou de Sobral (cidade onde foi comprovada a teoria da relatividade em 1919), atualmente, estou terminando a faculdade de enfermagem e trabalhando na redação de artigos, através das palavras, busco ajudar o máximo de usuários possíveis.

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