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Um PIX SURPREENDENTE causou um CAOS na vida desta família

O que era para ser uma simples pensão alimentícia se transformou em um dos casos mais inusitados — e polêmicos — da Argentina em 2025. A dona de casa Verónica Acosta aguardava cerca de R$ 40, mas recebeu por engano R$ 2,4 milhões do governo da província de San Luis.

Em vez de desconfiar do valor, ela gastou tudo em apenas 24 horas, comprando eletrodomésticos, um carro e até distribuindo parte do dinheiro entre familiares. A movimentação rápida atraiu a atenção das autoridades, que descobriram o erro e bloquearam sua conta.

Agora, Verónica e cinco parentes são acusados de fraude ao Estado, e o caso virou escândalo nacional. O episódio levanta uma questão importante: o que fazer ao receber dinheiro por engano?

Uma simples transferência errada mudou para sempre a vida desta família | imagem por Jeane de Oliveira

Compras, transferências e a corrida contra o tempo

Assim que percebeu o depósito em sua conta no dia 6 de maio, Acosta começou uma verdadeira maratona de gastos. Foram 66 transações bancárias realizadas em poucas horas, com foco em compras e transferências para parentes.

Entre os itens adquiridos estão uma geladeira, duas televisões, micro-ondas, fritadeira, utensílios domésticos, pisos de cerâmica e até um carro. Parte do valor foi enviada a cinco familiares, agora também citados no processo como cúmplices.

A movimentação chamou atenção do tesoureiro da província, que rapidamente notificou as autoridades. Com isso, o governo bloqueou contas e deu início a um processo de recuperação dos valores.

Segundo a Justiça, mais de 90% do valor foi recuperado, parte de forma voluntária e parte através de bloqueios judiciais. Mas o estrago estava feito — e o caso seguiu para os tribunais.

A versão da mulher: “Achei que fosse um presente de Deus”

Em entrevista à imprensa argentina, Verónica Acosta relatou que acreditava ter recebido 500 mil pesos, não milhões. Quando percebeu o valor real, achou que se tratava de uma bênção inesperada. “Achei que fosse um presente de Deus”, disse.

Ela contou que estava em situação de necessidade e usou o dinheiro para “resolver problemas urgentes” e ajudar a família. “Comprei coisas que já foram devolvidas. Também comprei eletrodomésticos e voltei ao supermercado duas vezes”, afirmou.

A defesa alega que os acusados são pessoas humildes, sem antecedentes e que não agiram com má-fé. O advogado classificou a fiança estipulada — equivalente a R$ 140 mil — como “injusta e impossível de pagar”.

Apesar da justificativa, a Justiça argentina segue firme. A juíza determinou que os acusados devem pagar a fiança em até três dias úteis para evitar a prisão preventiva.

E se isso acontecesse no Brasil?

Situações como essa podem parecer improváveis, mas acontecem com certa frequência — inclusive no Brasil. E aqui, gastar dinheiro recebido por engano é considerado crime: apropriação indébita, segundo o artigo 169 do Código Penal.

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A pena pode variar de detenção de um mês a um ano, além de multa e da obrigatoriedade de devolver o valor. Ou seja, não importa se o dinheiro “caiu do céu”: ele tem dono e deve ser devolvido.

Além das sanções penais, também há consequências civis. O Código Civil brasileiro determina que ninguém pode se enriquecer sem causa — mesmo que a quantia já tenha sido usada, a dívida continua.

Por isso, a orientação é clara: não mexa no valor. Avise o banco imediatamente ou devolva o Pix pelo próprio aplicativo. Em tempos de transações instantâneas, um clique pode evitar muitos problemas.

Diego Marques

Tenho 23 anos e sou de Sobral (cidade onde foi comprovada a teoria da relatividade em 1919), atualmente, estou terminando a faculdade de enfermagem e trabalhando na redação de artigos, através das palavras, busco ajudar o máximo de usuários possíveis.

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