Perigo mortal está em festas de criança e vira febre nos EUA
Nos últimos anos, um fenômeno preocupante tem chamado atenção nos Estados Unidos e mundo afora: o uso recreativo do óxido nitroso, popularmente conhecido como “gás do riso”. Embora o gás tenha aplicações legítimas e seguras na medicina e na gastronomia, sua crescente utilização fora desses ambientes controlados vem trazendo riscos graves para a saúde, especialmente entre jovens.
Mas o que era visto como uma mera “brincadeira” ou passatempo inofensivo começou a ganhar contornos perigosos.
O gás do riso, inalado para provocar sensações de euforia e relaxamento, tem se tornado uma droga recreativa, com um consumo desregulado que vem crescendo de forma alarmante.
A facilidade para adquiri-lo, somada à promoção por empresas que apostam em embalagens coloridas e sabores atrativos, torna o produto ainda mais acessível e atrativo para o público juvenil.
Apesar do caráter lúdico e dos efeitos passageiros, a verdade é que o óxido nitroso representa um perigo mortal quando usado sem supervisão. O aumento das internações, casos de lesões neurológicas graves e até mortes relacionadas ao seu uso ilegal são sinais claros de que algo precisa ser feito.
Mas quais são esses riscos, e por que a substância ganhou tanta popularidade? Acompanhe esta reportagem para entender os detalhes.

A popularização e o perigo do gás do riso entre os jovens americanos
O óxido nitroso, além de ser uma ferramenta segura quando utilizado para sedação leve em consultórios odontológicos e outras aplicações médicas, também é amplamente utilizado na culinária para criar cremes aerados e outras texturas.
Contudo, o que era um uso técnico acabou se transformando em uma moda com consequências graves.
Nos EUA, o gás do riso passou a ser comercializado em lojas de tabacarias, vapes e até plataformas online, vendendo cilindros maiores e embalagens com sabores como morango e framboesa.
Essas estratégias visam diretamente o público jovem, que vê o produto como um passatempo divertido e inofensivo para festas e encontros sociais. O que poucos percebem, entretanto, é o risco crescente dessa prática.
Esse consumo tem sido impulsionado pelas redes sociais, onde vídeos de jovens inalando o gás viralizam rapidamente, criando uma falsa impressão de segurança e normalidade. Essa banalização esconde os perigos reais do produto, que vão muito além do riso momentâneo.
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Riscos graves à saúde: o que o gás do riso pode causar?
O problema central do uso recreativo do gás do riso está no comprometimento da oxigenação cerebral. A inalação excessiva pode provocar desde desmaios e perda de consciência até convulsões e, em casos mais graves, morte por hipóxia — a falta de oxigênio no cérebro.
Esse risco é ainda mais preocupante porque o gás é inalado por muitos em locais públicos e sem qualquer supervisão médica.
Além dos riscos imediatos, o uso frequente interfere no metabolismo da vitamina B12, um nutriente essencial para a saúde do sistema nervoso.
A deficiência prolongada pode resultar em lesões neurológicas permanentes, como paralisia e danos à medula espinhal, deixando sequelas irreversíveis para quem abusa do produto.
Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontam que as mortes associadas ao gás do riso aumentaram mais de 110% entre 2019 e 2023 nos Estados Unidos.
Esse dado revela uma escalada preocupante e a urgência de ações preventivas.
O que as autoridades estão fazendo para conter essa ameaça?
Frente ao aumento do uso abusivo do óxido nitroso, especialistas e órgãos de saúde nos EUA e outros países têm clamado por medidas regulatórias mais rigorosas.
Em alguns estados americanos e no Reino Unido, já existem iniciativas para restringir a venda do gás, impondo limitações quanto à comercialização e ao uso.
Entretanto, a substância ainda está amplamente acessível em diversas regiões, o que mantém o ciclo de consumo e os riscos associados. A falta de conscientização sobre os perigos reais do gás do riso contribui para que jovens continuem se expondo a essa ameaça.
Para especialistas, a educação pública é fundamental, assim como o fortalecimento da fiscalização.
A combinação desses fatores pode frear a epidemia silenciosa do gás do riso e proteger principalmente os mais vulneráveis — os jovens, que muitas vezes desconhecem os perigos e se deixam levar pela ilusão do efeito temporário e divertido.