Homem recupera consciência em meio à retirada de órgãos

Um homem de 33 anos, chamado Anthony Thomas Hoover II, acordou durante um procedimento de retirada de órgãos após sofrer uma overdose e ser declarado com morte cerebral. O incidente ocorreu em 2021, no estado do Kentucky, nos Estados Unidos, e ganhou nova atenção após uma investigação que apontou má conduta dos médicos envolvidos no caso.
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Três anos após o ocorrido, uma análise feita pela Health Resources and Services Administration (HRSA) concluiu que a equipe médica não agiu corretamente. A investigação começou porque, apesar de Anthony ter sido dado como morto, ele apresentou sinais de recuperação. Nos últimos quatro anos, conforme a HRSA, cerca de 73 pessoas que também tiveram a morte cerebral declarada experimentaram melhoras neurológicas, mas os procedimentos de retirada de órgãos seguiram em diante sem interrupções.
A HRSA enfatizou que a pesquisa focou no processo de “doação após morte circulatória”, que é comum em casos de overdose. De acordo com informações, a equipe médica ignorou os efeitos dos sedativos administrados a Anthony, que poderiam ter mascarado seu estado real de saúde.
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Atualmente com 36 anos, Anthony carrega sequelas neurológicas significativas. Ele não consegue falar claramente e se move com dificuldade. O momento em que ele acordou foi registrado por câmeras de segurança, mostrando-o agitado, chorando e movimentando os braços e pernas. Os médicos decidiram interromper o procedimento de retirada de órgãos imediatamente após sua reação.
A vida de Anthony mudou drasticamente após ele enfrentar a overdose. De acordo com sua irmã, ele lutou contra problemas de saúde mental, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, após vivenciar traumas relacionados ao seu trabalho durante os furacões Katrina e Rita em 2005. Depois de perder o emprego, ele começou a usar drogas, mas havia conseguido parar após a morte de dois irmãos devido a overdoses. No entanto, após a morte de sua mãe, ele voltou a usar substâncias e acabou enfrentando a overdose que o levou a essa situação crítica.
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Este caso ressalta questões sérias sobre o procedimento de doação de órgãos e os cuidados tomados em situações de emergência médica.
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