Burocracia atrasa reabertura do estádio em Campo Grande

Estádio Morenão em Campo Grande continua fechado e enfrenta entraves para reabertura
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Desde 2022, o Estádio Pedro Pedrossian, conhecido como Morenão, em Campo Grande, permanece fechado, tornando-se um símbolo do descaso com o esporte profissional em Mato Grosso do Sul. Apesar das tentativas de reabertura, questões burocráticas entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Governo do Estado têm impedido o início das reformas necessárias.
Até o momento, cerca de R$ 3,6 milhões foram investidos em melhorias como banheiros, rampas de acesso e uma estrutura para um museu, mas a obra não foi concluída. A UFMS devolveu cerca de R$ 7,8 milhões que ainda estavam disponíveis para o projeto, o que levou à paralisação das reformas planejadas.
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A principal dificuldade enfrentada para a reabertura é a falta de um acordo formal que permita ao governo estadual administrar o estádio. A UFMS manifestou sua disposição para transferir a gestão, mas solicitações de contrapartidas financeiras e de uso do espaço comprometeram o processo. O deputado estadual Pedro Pedrossian Neto tem liderado esforços para pressionar a universidade a facilitar essa transferência, lançando a campanha “Morenão Reaberto Já”.
Ele explica a importância de mobilizar a comunidade esportiva e os amantes do futebol para apoiar a reabertura do estádio, destacando que o Morenão já foi um palco de grandes eventos. Inaugurado em 1971, o estádio já recebeu jogos emocionantes e shows de artistas renomados, atraindo grandes públicos.
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Com a população de Campo Grande crescendo para quase 1 milhão de habitantes, Pedrossian Neto acredita que é possível lotar o estádio novamente, desde que haja uma infraestrutura adequada e uma programação frequente de eventos.
Em 2023, um convênio foi firmado entre o Governo do Estado e a UFMS, prevendo um investimento total de R$ 9,4 milhões para reformas, mas apenas parte desse valor foi utilizada. A devolução do saldo pela UFMS ocorreu após tentativas frustradas de avançar com o projeto de reforma.
Para viabilizar uma reabertura, o Governo do Estado pediu a gestão do estádio à UFMS, que já aceitou a proposta, mas as exigências feitas por ela atrasaram o processo. O deputado afirma que algumas dessas condições podem afastar investidores, dificultando a atratividade do projeto.
Após diversas cobranças, a UFMS sinalizou a possibilidade de abrir mão de algumas exigências, o que facilita a formalização do acordo e a futura concessão do estádio à iniciativa privada. Um estudo de viabilidade para uma reabertura parcial do Morenão já está sendo preparado pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para diagnosticar as condições atuais da estrutura e apresentar um orçamento.
Além das melhorias estruturais, como um novo sistema de iluminação e recuperação do gramado, a visão para o Morenão vai além do futebol. O parlamentar sugere que o espaço se torne uma arena multiuso, acolhendo não apenas eventos esportivos, mas também culturais e de entretenimento, destacando o potencial econômico que essa transformação pode trazer para a região.
O deputado finaliza enfatizando que o Morenão é uma oportunidade de desenvolvimento e não deve ser visto como um problema. Ele acredita que a reabertura do estádio pode ressurgir como um centro de esportes, cultura e geração de renda, desde que as barreiras burocráticas sejam superadas e haja disposição para decisões eficazes.
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